A indicação primária para a transfusão de ST é em pacientes com sangramento ativo, que tenham perdido mais que 25% de seu volume sanguíneo total, e que possam desenvolver choque hemorrágico. O ST restaura a capacidade de transporte do oxigênio e também promove expansão de volume. Uma contraindicação definitiva é nos casos de anemia crônica severa (REICHE e RAZOUK, 2004). Apenas o ST fresco (até 6 horas após a coleta) contém plaquetas e os fatores lábeis de coagulação (Fator V e VIII). Componentes ausentes no ST estocado ou refrigerado.

O CH é indicado para pacientes com hemorragia crônica, eritropoiese ineficiente e hemólise, ou seja, pacientes anêmicos normovolêmicos. O concentrado tem várias vantagens em relação ao sangue total, pois repõe a mesma quantidade de hemácias com um volume menor de sangue, possui também menor concentração de citrato e menos proteínas com potencial antigênico, minimizando os riscos de reações transfusionais. Devido ao menor volume, é altamente indicado aos pacientes cardiopatas e nefropatas (REICHE e RAZOUK, 2004).

Indicado no tratamento de coagulopatias - hereditárias, síndromes paraneoplásicas, hepatopatias, dicumarínicos, coagulação intravascular disseminada (CID), hemofilia A e B (fatores VIII e IX, respectivamente), pancreatites, hipoproteinemias, parvovirose. Antes de administrar o PFC, deve-se submetê-lo ao descongelamento em banho-maria com um envoltório plástico, para não permitir a entrada de água na bolsa, que é porosa. Além disso, uma vez descongelado, o PFC deve ser utilizado imediatamente. Caso contrário, deve ser estocado em geladeira para manter o fator VIII viável (NOVAIS, 2004).

As principais indicações clínicas para transfusão de plaquetas são para prevenir ou controlar a hemorragia em pacientes com baixas contagens de plaquetas (trombocitopenia), ou menos frequentemente, em pacientes com disfunção plaquetária (trombocitopatias). Em cães com trombocitopenia, o hemocomponente está indicado para prevenir a hemorragia espontânea, condição que pode ocorrer em pacientes que apresentarem contagens de plaquetas abaixo de 20.000/µL. Outra indicação clínica seria em animais trombocitopênicos (<50.000/µL) submetidos a procedimentos cirúrgicos ou pacientes que apresentam hemorragia ativa (REICHE e RAZOUK, 2004; ABRAMS-OGG, 2003).

É uma terapia utilizada principalmente em animais que apresentam Doença de von Willebrand, Hemofilia A (deficiência do FVIII), ou pacientes que sofrem de hipo ou disfibrinogenemia. O crioprecipitado contém altas concentrações do fator de von Willebrand, fator VIII e fibrinogênio, fatores de suma importância na coagulação sanguínea, com diferentes funções fisiológicas. Pacientes com deficiência destes fatores estão em maior risco de apresentar complicações hemorrágicas, tanto espontâneas, como diante de um procedimento cirúrgico (GARCIA, 2014).